Sobre a mesa, muitas coisas...
Um cabernet de Mendonza,
um maço de Malboro vermelho,
dois maços no cinzeiro...
O cálice pleno, um espelho...
Os versos acontecendo...
Desenha-se o pensamento
na fumaça que vai subindo...
Derramam-se pingos de vinho
no branco vivo do caderno aberto...
...e o fio do grafite
é língua de faca
lambendo cortes
é ferro em brasa
deixando marcas.
Vai trançando a forma dos versos
como se fossem tentos;
pequenos garranchos.
E mesmo sempre
abaixo do poema
sobretudo a mesa,
sustentando a cena.
O vinho é pão da poesia
na ceia das palavras.
2 comentários:
Esse cara é incrível...Escreve mui-bien!
Esse cara é incrível...Escreve mui-bien!
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