Quando eu morrer
me larguem numa chalana
cheia de palha...
Chamem os amigos da família.
Abram a bandeira do Rio Grande
e depois de um “gracias a la vida”
cantem a Ave Maria Pampeana..
Acendam velas...
Alguém pega uma delas
e tasca-lhe fogo,
e me joguem de jeito,
que na corrente eu ganho o leito.
Será o derradeiro recomeço,
eu num reencontro
e vocês enchendo com o rio
o peito.
Que todos os presentes
– meus amigos, meus parentes –
se abracem firme.
Mirem as chamas da estrela cadente,
levando semente da semente
na corrente da passagem.
Meu fim será um... fui.
Um foi-se flutuando e se apagando
na flor d’água.
Uma alma em fogo se afogando...
Abrandando aos poucos.
E quando todos, todos
verem a última faísca se arrefecer,
olhem para o céu
e para o fundo da noite
e verão mais uma estrela
feita do brilho de minhas cinzas.
4 comentários:
D+ fernandinho,abração.
Vicente
Maravilhoso Nandico...simplesmente MARAVILHOSO!!!
Saludos...Cumpa!
MAZÁ BLÓGUE VÉIO!!
Murilo
lindu
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